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Sérgio cabral diz: “Marina conquistou pelo discurso cristão e conciliador”

“Marina conseguiu levar a eleição para o segundo turno com um discurso cristão, não evangélico”. A afirmação é do governador reeleito do Rio...

“Marina conseguiu levar a eleição para o segundo turno com um discurso cristão, não evangélico”. A afirmação é do governador reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em entrevista à ÉPOCA. Apesar da forte aliança entre Cabral e o presidente Lula, muitos eleitores do governador votaram na candidata do PV, Marina Silva, que chegou em segundo lugar no Rio com expressivos 31% do total de votos válidos no estado. “Ela conquistou gente do Posto 9 à Assembleia de Deus”, disse Cabral, referindo-se aos jovens que frequentam a faixa mais moderna da praia de Ipanema e também aos eleitores religiosos e conservadores.

O governador Sérgio Cabral identificou em Marina uma característica que enxerga nele mesmo: a de buscar a conciliação, o não-enfrentamento. Cabral é um político muito mais de amizades particulares do que rigidamente partidárias. “Marina passou a imagem de alguém que quer desarmar espíritos. É o mesmo jeito meu, do presidente Lula e (do senador eleito) Aécio (Neves)”.

Bem humorado, apesar das muletas que ainda é obrigado a usar por causa de uma operação no joelho, ele elegeu a pacificação do Rio sua maior prioridade e cantarolou o hino da PM. Imitou o jeito incisivo de Dilma falar nas reuniões. Para Cabral, ela é “gestora”, “executiva”, “competente” e mais uma dezena de adjetivos. Apesar dos elogios a sua candidata, diz estar convencido de que Serra não se vingaria do Rio caso fosse eleito pois “esse não é seu estilo”. Lembrando os bastidores da pré-campanha, Cabral revela que fez de tudo para levar Aécio para o PDMB, de onde sairia o candidato de Lula, mas a tentativa não deu certo.

A todo momento usando um iPad para checar informações, recomendar sites, verificar estatísticas, o governador diz que não quer voltar ao Senado ou às câmaras de deputado. Sobre querer ser presidente um dia ou, quem sabe, tornar-se vice futuramente de Lula, disse que essas candidaturas são “contingências do destino”, que escapam a seu desejo.

Lula “vai desencarnar depois que Dilma for eleita”, afirmou Cabral. “Só de honoris causa ele tem mais de 50 para receber no mundo inteiro, que ele deixou para receber depois da presidência, deve ter uma imensa agenda internacional. Ele, que marcou a história como o primeiro operário presidente do Brasil, pensou: agora vou botar uma mulher no comando”.

O governador do Rio, que se reelegeu com 66% dos votos válidos, falou com ÉPOCA durante 55 minutos no Palácio Laranjeiras, sua residência oficial. Horas antes, tinha acabado de anunciar um novo secretário de educação, ponto mais criticado de sua nova gestão. Cabral acha que só quando a classe média do Rio tiver vontade de matricular seus filhos numa escola pública, ele poderá se sentir satisfeito com o nível do ensino proporcionado pelo Estado.
Bem humorado, apesar das muletas que ainda é obrigado a usar por causa de uma operação no joelho, ele elegeu a pacificação do Rio sua maior prioridade e cantarolou o hino da PM. Imitou o jeito incisivo de Dilma falar nas reuniões. Para Cabral, ela é “gestora”, “executiva”, “competente” e mais uma dezena de adjetivos. Apesar dos elogios a sua candidata, diz estar convencido de que Serra não se vingaria do Rio caso fosse eleito pois “esse não é seu estilo”. Lembrando os bastidores da pré-campanha, Cabral revela que fez de tudo para levar Aécio para o PDMB, de onde sairia o candidato de Lula, mas a tentativa não deu certo.

“A Marina teve muito mérito em levar a eleição para o segundo turno. Conseguiu expressar uma alternativa e perdeu ganhando. Expressou um sentimento da população com um discurso voltado para a questão ambiental. Teve um conteúdo religioso, cristão, que ela embutia na sua personalidade. Um discurso doce, suave, menos litigioso, de desarmar espíritos, que é uma coisa que eu gosto de fazer. Isso pegou numa parte da população de uma forma muito forte. A Marina agradou a segmentos muito desconectados, do Posto 9 à Assembleia de Deus e à Igreja Católica também. Pegou a classe média e os pobres”./Época/iGoospel

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