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Cuba denuncia anticastrismo com ataque a sua embaixada nos EUA

Cuba denunciou nesta terça-feira (12) que o homem que atirou contra sua embaixada em Washington pode ter sido instigado por organizações ...


Cuba denunciou nesta terça-feira (12) que o homem que atirou contra sua embaixada em Washington pode ter sido instigado por organizações anticastristas (contrárias ao atual governo cubano) na Flórida, e considerou que os Estados Unidos foram negligentes por não agir preventivamente, apesar de terem ocorrido outras ações similares.

Segundo o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, o atirador tem ligações com "um centro religioso" em Miami, onde as pessoas vão "com conduta reconhecida em favor de agressão, hostilidade, violência e extremismo contra Cuba".

Rodríguez divulgou imagens das câmeras de segurança de sua embaixada em Washington, onde Alexander Alazo, um residente cubano nos Estados Unidos desde 2010, aparece disparando com um rifle na manhã de 30 de abril, antes de ser detido.

A ação causou apenas danos materiais, mas, segundo a polícia, o autor do ataque confessou que tinha intenções de matar.

Para o governo cubano, trata-se de um "atentado terrorista", em um momento em que as relações bilaterais estão se deteriorando.

Segundo Rodríguez, na congregação religiosa ''Doral Jesus Worship Center'', Alazo se relacionou com o pastor Frank López, "um indivíduo que mantém estreitas relações com o senador Marco Rubio" e "o congressista (Mario) Díaz-Balart", ambos republicanos e críticos do governo socialista cubano.

Segundo Rodríguez, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, também visitou este centro religioso e proferiu no local "um discurso de franca hostilidade contra Cuba".

"Estou pedindo aos Estados Unidos que expliquem o que sabem sobre esses vínculos" entre Alazo e pessoas e grupos "que apoiam o atual governo dos Estados Unidos, mas que incitam a violência e o ódio contra Cuba", acrescentou.

Organizações no sul da Flórida operam para promover uma mudança no sistema de governo estabelecido na ilha após o triunfo da revolução de Fidel Castro em 1959.
Rodríguez disse que espera "uma investigação completa" de Washington.

Nesta terça-feira, a encarregada de Negócios da embaixada dos Estados Unidos em Cuba, Mara Tekach, declarou que está em andamento uma investigação conjunta, envolvendo o Serviço de Segurança Diplomática e o Serviço Secreto.

Rodríguez garantiu que o atirador, durante sua vida em Cuba, nunca teve problemas. Mas de acordo com informações da imprensa, nos Estados Unidos, ele foi tratado de um distúrbio mental e foi às autoridades denunciar uma suposta perseguição de organizações criminosas cubanas, um comportamento que, segundo Rodríguez, deveria ter despertado a atenção.

"A negligência é apreciada", afirmou.
Insistiu que "se houve ódio nas ações de Alazo, pode-se dizer que é um ódio induzido pelo discurso agressivo do governo dos Estados Unidos", com maior rigor no embargo que Washington aplica contra a ilha e maiores sanções, após a chegada de Donald Trump à presidência.

mav/rd/gm/lca
por UOL

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