Casamento que adiou implosão de presídio acontece no Rio
Publicado em 14 de março 2010 Nem mesmo a implosão de oito edifícios do Complexo Penitenciário Frei Caneca, no centro do Rio de Janeiro, a...
https://www.igoospel.com/2010/03/casamento-que-adiou-implosao-de.html
Publicado em 14 de março 2010
Nem mesmo a implosão de oito edifícios do Complexo Penitenciário Frei Caneca, no centro do Rio de Janeiro, abalou a cerimônia de casamento de Carlos Roberto Strauss Júnior e Clara de Miranda Barboema, agora Clara Barboema Strauss. Os dois trocaram alianças na Primeira Igreja Batista, ao lado do presídio, minutos antes da explosão que foi atrasada para não atrapalhar a cerimônia.
Na hora marcada, Clara desceu do carro e se postou à porta da Igreja acompanhada de seu pai, cercada por fotógrafos e jornalistas. Famosa por conseguir uma autorização do governador Sérgio Cabral para mudar o horário da implosão das 11h para às 12h15, a noiva só não poderia atrasar. No entanto, na hora de entrar na igreja, ela sentiu algo incomodar do lado esquerdo do vestido. Uma parte soltou. Clara foi imediatamente cercada pelas damas de cerimônia, que tentavam de tudo para deixá-la novamente impecável. No altar, Carlos não conseguia esconder a tensão.
"Se o noivo não desmaiar, eu perdi uma aposta. Ele está muito nervoso", disse José Roberto Barborema, o pai de Carla. Às 10h32, trinta minutos após a hora marcada, Clara entrou na igreja precedida de um coral de 25 cantores.
"Nada, verdadeiramente nada, pode implodir o amor de vocês. Que os nossos corações, sim, possam explodir de alegria na certeza de Deus abençoará a união de vocês", afirmou o pastor Elio Portella Júnior, aos dar início à cerimônia.
Clara e Júnior marcaram cerimônia para cerca de 500 convidados, reservaram passagens e hotel para a lua de mel, no entanto, a notícia da implosão do Complexo Penitenciário, vizinho à igreja quase acabou com os planos. O pai da noiva conseguiu entrar em contato com o engenheiro responsável pela implosão e Fábio Bruno Pinto encaminhou o pedido ao governador.
Às 11h17, os dois trocaram alianças. Os convidados teriam dez minutos para deixar a igreja, ou teriam que aguardar a explosão dentro do prédio. José Roberto pediu a palavra e anunciou uma recepção aos convidados nas dependências da igreja mesmo.
"Quem quiser ficar está convidado. O governo do Estado vai nos oferecer uma salva de fogos", disse bem humorado.
Às 11h30, as portas da igreja foram fechadas. Cerca de 10 mil moradores da área do presídio aguardavam em torno de um cordão de isolamento de 200 m de raio preparado pela Defesa Civil do Estado e Bombeiros. Sirenes anunciavam que a explosão estava próxima. Às 12h15, o governador Sérgio Cabral, do 29° andar do prédio dos Correios, enviou, por rádio, a autorização para a explosão. Estrondos seguiram por 18 segundos e uma enorme nuvem de poeira tomou conta do mais antigo presídio do Brasil, inaugurado há cerca de 150 anos. Na igreja, as explosões foram seguidas de aplausos.
"Foi bem rápido. Deu tudo certo", disse o pai da noiva.
O Complexo Frei Caneca dará lugar a um projeto de habitação popular. É estimada a construção de 2,5 mil apartamentos que servirão para o deslocamento de moradores de áreas de risco, principalmente da comunidade de São Carlos.
Segundo o Secretário de Habitação do Rio de Janeiro, Leonardo Picciani, o governo vai entregar o local à Caixa Econômica Federal em 90 dias para que o banco possa avaliar a área e dar início ao processo de licitação para a construção das moradias. Segundo Picciani, o material dos edifícios derrubados será reutilizado.
"Esse material vai ser triturado e deve compor um tipo de brita, que pode ser utilizado em construções", disse.
Apesar de alguns dos edifícios não terem tombado completamente, Picciani afirmou que o resultado era esperado. Segundo ele, os explosivos foram utilizados na medida certa para que as demais construções vizinhas ao complexo não sofressem abalo.
"A base dos pavilhões foi completamente danificada, agora é só encostar as máquinas que eles vão ceder", afirmou.
Fonte: terra/ Foto: Luiz pinheiro especial para o terra
Na hora marcada, Clara desceu do carro e se postou à porta da Igreja acompanhada de seu pai, cercada por fotógrafos e jornalistas. Famosa por conseguir uma autorização do governador Sérgio Cabral para mudar o horário da implosão das 11h para às 12h15, a noiva só não poderia atrasar. No entanto, na hora de entrar na igreja, ela sentiu algo incomodar do lado esquerdo do vestido. Uma parte soltou. Clara foi imediatamente cercada pelas damas de cerimônia, que tentavam de tudo para deixá-la novamente impecável. No altar, Carlos não conseguia esconder a tensão.
"Se o noivo não desmaiar, eu perdi uma aposta. Ele está muito nervoso", disse José Roberto Barborema, o pai de Carla. Às 10h32, trinta minutos após a hora marcada, Clara entrou na igreja precedida de um coral de 25 cantores.
"Nada, verdadeiramente nada, pode implodir o amor de vocês. Que os nossos corações, sim, possam explodir de alegria na certeza de Deus abençoará a união de vocês", afirmou o pastor Elio Portella Júnior, aos dar início à cerimônia.
Clara e Júnior marcaram cerimônia para cerca de 500 convidados, reservaram passagens e hotel para a lua de mel, no entanto, a notícia da implosão do Complexo Penitenciário, vizinho à igreja quase acabou com os planos. O pai da noiva conseguiu entrar em contato com o engenheiro responsável pela implosão e Fábio Bruno Pinto encaminhou o pedido ao governador.
Às 11h17, os dois trocaram alianças. Os convidados teriam dez minutos para deixar a igreja, ou teriam que aguardar a explosão dentro do prédio. José Roberto pediu a palavra e anunciou uma recepção aos convidados nas dependências da igreja mesmo.
"Quem quiser ficar está convidado. O governo do Estado vai nos oferecer uma salva de fogos", disse bem humorado.
Às 11h30, as portas da igreja foram fechadas. Cerca de 10 mil moradores da área do presídio aguardavam em torno de um cordão de isolamento de 200 m de raio preparado pela Defesa Civil do Estado e Bombeiros. Sirenes anunciavam que a explosão estava próxima. Às 12h15, o governador Sérgio Cabral, do 29° andar do prédio dos Correios, enviou, por rádio, a autorização para a explosão. Estrondos seguiram por 18 segundos e uma enorme nuvem de poeira tomou conta do mais antigo presídio do Brasil, inaugurado há cerca de 150 anos. Na igreja, as explosões foram seguidas de aplausos.
"Foi bem rápido. Deu tudo certo", disse o pai da noiva.
O Complexo Frei Caneca dará lugar a um projeto de habitação popular. É estimada a construção de 2,5 mil apartamentos que servirão para o deslocamento de moradores de áreas de risco, principalmente da comunidade de São Carlos.
Segundo o Secretário de Habitação do Rio de Janeiro, Leonardo Picciani, o governo vai entregar o local à Caixa Econômica Federal em 90 dias para que o banco possa avaliar a área e dar início ao processo de licitação para a construção das moradias. Segundo Picciani, o material dos edifícios derrubados será reutilizado.
"Esse material vai ser triturado e deve compor um tipo de brita, que pode ser utilizado em construções", disse.
Apesar de alguns dos edifícios não terem tombado completamente, Picciani afirmou que o resultado era esperado. Segundo ele, os explosivos foram utilizados na medida certa para que as demais construções vizinhas ao complexo não sofressem abalo.
"A base dos pavilhões foi completamente danificada, agora é só encostar as máquinas que eles vão ceder", afirmou.
Fonte: terra/ Foto: Luiz pinheiro especial para o terra
