TGS 2009: Primeiras impressões de “Bayonetta”
Publicado em 30 de setembro 2009 Duas versões diferentes foram demonstradas na feira, uma para cada console. A versão para Playstation 3 co...
https://www.igoospel.com/2009/09/tgs-2009-primeiras-impressoes-de.html
Publicado em 30 de setembro 2009
Duas versões diferentes foram demonstradas na feira, uma para cada console. A versão para Playstation 3 continha uma luta de chefe contra uma das antagonistas do jogo, enquanto as duas literalmente sobem pelas paredes de uma catedral. Já no Xbox 360 o demo apresentava um trecho em que era necessário enfrentar arcanjos sobre grandes pedaços de rocha desmoronando abismo abaixo. Ambas as versões também possuíam um segmento em uma praça onde eram enfrentados arcanjos e um chefe final, cuja abominavelmente massa corporal contrastava diretamente com seu rosto de cupido angelical.
Já dá inclusive prever a polêmica que cercará o jogo em seu lançamento. Pastores de igrejas evangélicas de quinta categoria e grupos cristãos extremistas norte-americanos certamente aproveitarão a oportunidade para protestar contra a utilização tanto do simbolismo satânico quanto de inimigos inspirados em figuras bíblicas. A personagem principal enfrenta anjos, arcanjos e monstros gigantes que remetem a cupidos e santos barbudos de visual tipicamente católico, tendo à sua disposição um arsenal de armas e magias demoníacas.
Sadomasoquisticamente
A Platinum Games desenvolveu o game para Xbox 360, tendo delegado sua portabilidade para Playstation 3 à Sega. O resultado é uma versão para o console da Microsoft superior, tanto nos gráficos – mais nítidos e com cores mais fortes – quanto na jogabilidade – a versão para PS3 apresentou quedas de quadros por segundo em segmentos que exigiam mais processamento, como as finalizações cinemáticas. Um representante da Sega nos afirmou durante a demonstração que a versão para o console da Sony ainda não está finalizada, e os games serão mais equivalentes em suas versões finais.
O elemento principal do game é o combate, com sequências de golpes transformando-se nos mais diversos combos, e lembra bastante "Devil May Cry" pelo fato da personagem passar boa parte das lutas desferindo golpes enquanto flutua. Golpes de espada podem ser intercalados com tiros, tanto das pistolas empunhadas como das que são anexas aos calcanhares da heróina. Também é possível empunhar armas específicas derrubadas por inimigos, como lanças e canhões de mão, cada uma com sua própria gama de ataques singulares.
Alguns golpes podem ser carregados, e outros exigem respostas rápidas de comandos para serem finalizados, como girar o analógico esquerdo após a heroína fincar a lança no chão, o que a faz em torno da lança como stripper, cuspindo balas pelas botas em toda a sua circunferência.
A cabeleira mágica da heroína que cobre seu corpo esvai-se conforme os combos crescem em intensidade, e chegam a despi-la quase que completamente quando desferindo finalizações mortais em chefes – por exemplo, tomando o formato de uma enorme cabeça de dragão que dilacera.
"Bayonetta" é um festival alucinante de violência e sensualidade exagerada, com tempos de resposta precisos e combos recompensadores. A única preocupação gira em torno da orgia gráfica que toma conta da tela quando muitos inimigos são enfrentados ao mesmo tempo. Por vezes há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que você acaba se perdendo, e finalizações de combos bacanas como o Iron Maiden – quando a heroína chuta um inimigo em um dispositivo de tortura – acabam escondidos por outros elementos.
Essa é provavelmente a maior falha de "Bayonetta" – de tão rico em detalhes e grafismos o jogador pode ter problema em acompanhar tudo o que se passa na tela. Em algumas sequências mais abarrotadas não é difícil inclusive perder de vista a personagem principal, em um raro caso aonde a exuberância gráfica de um game pode acabar saindo pela culatra.
Provocador, sexy e satânico, "Bayonetta" já aparenta ser um dos grandes lançamentos do início de 2010 – ou ainda este ano, se você vive no Japão. Mal podemos esperar para despi-la violentamente nesse game de ação pra lá de politicamente incorreto.
de Bruno Vasone, de Tóquio
Duas versões diferentes foram demonstradas na feira, uma para cada console. A versão para Playstation 3 continha uma luta de chefe contra uma das antagonistas do jogo, enquanto as duas literalmente sobem pelas paredes de uma catedral. Já no Xbox 360 o demo apresentava um trecho em que era necessário enfrentar arcanjos sobre grandes pedaços de rocha desmoronando abismo abaixo. Ambas as versões também possuíam um segmento em uma praça onde eram enfrentados arcanjos e um chefe final, cuja abominavelmente massa corporal contrastava diretamente com seu rosto de cupido angelical.
Já dá inclusive prever a polêmica que cercará o jogo em seu lançamento. Pastores de igrejas evangélicas de quinta categoria e grupos cristãos extremistas norte-americanos certamente aproveitarão a oportunidade para protestar contra a utilização tanto do simbolismo satânico quanto de inimigos inspirados em figuras bíblicas. A personagem principal enfrenta anjos, arcanjos e monstros gigantes que remetem a cupidos e santos barbudos de visual tipicamente católico, tendo à sua disposição um arsenal de armas e magias demoníacas.
Sadomasoquisticamente
A Platinum Games desenvolveu o game para Xbox 360, tendo delegado sua portabilidade para Playstation 3 à Sega. O resultado é uma versão para o console da Microsoft superior, tanto nos gráficos – mais nítidos e com cores mais fortes – quanto na jogabilidade – a versão para PS3 apresentou quedas de quadros por segundo em segmentos que exigiam mais processamento, como as finalizações cinemáticas. Um representante da Sega nos afirmou durante a demonstração que a versão para o console da Sony ainda não está finalizada, e os games serão mais equivalentes em suas versões finais.
O elemento principal do game é o combate, com sequências de golpes transformando-se nos mais diversos combos, e lembra bastante "Devil May Cry" pelo fato da personagem passar boa parte das lutas desferindo golpes enquanto flutua. Golpes de espada podem ser intercalados com tiros, tanto das pistolas empunhadas como das que são anexas aos calcanhares da heróina. Também é possível empunhar armas específicas derrubadas por inimigos, como lanças e canhões de mão, cada uma com sua própria gama de ataques singulares.
Alguns golpes podem ser carregados, e outros exigem respostas rápidas de comandos para serem finalizados, como girar o analógico esquerdo após a heroína fincar a lança no chão, o que a faz em torno da lança como stripper, cuspindo balas pelas botas em toda a sua circunferência.
A cabeleira mágica da heroína que cobre seu corpo esvai-se conforme os combos crescem em intensidade, e chegam a despi-la quase que completamente quando desferindo finalizações mortais em chefes – por exemplo, tomando o formato de uma enorme cabeça de dragão que dilacera.
"Bayonetta" é um festival alucinante de violência e sensualidade exagerada, com tempos de resposta precisos e combos recompensadores. A única preocupação gira em torno da orgia gráfica que toma conta da tela quando muitos inimigos são enfrentados ao mesmo tempo. Por vezes há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que você acaba se perdendo, e finalizações de combos bacanas como o Iron Maiden – quando a heroína chuta um inimigo em um dispositivo de tortura – acabam escondidos por outros elementos.
Essa é provavelmente a maior falha de "Bayonetta" – de tão rico em detalhes e grafismos o jogador pode ter problema em acompanhar tudo o que se passa na tela. Em algumas sequências mais abarrotadas não é difícil inclusive perder de vista a personagem principal, em um raro caso aonde a exuberância gráfica de um game pode acabar saindo pela culatra.
Provocador, sexy e satânico, "Bayonetta" já aparenta ser um dos grandes lançamentos do início de 2010 – ou ainda este ano, se você vive no Japão. Mal podemos esperar para despi-la violentamente nesse game de ação pra lá de politicamente incorreto.
de Bruno Vasone, de Tóquio