Bolsonaro envia carta para presidente de Angola manifestando preocupação com pastores da Universal
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“Julgamos ser preciso evitar que fatos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequência de ‘disputas internas'”, diz o texto datado da última sexta-feira, 11, divulgado nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro nesta segunda, 13.
Desde o fim de junho, pastores angolanos da chamada “comissão reformada” da Universal se rebelaram contra a administração brasileira ligada ao bispo Edir Macedo e tomaram de assalto parte dos templos da instituição religiosa no país.
O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao presidente de Angola, João Manuel Lourenço, manifestando “preocupação” com os “recentes episódios” e pedindo uma proteção maior aos membros brasileiros da Igreja, “a fim de garantir sua integridade física material e a restituição de propriedades e moradias”. “Julgamos ser preciso evitar que fatos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequência de ‘disputas internas'”, diz o texto.
A IURD tem cerca de 500 pastores em Angola, sendo 65 brasileiros.Presidente do @jairbolsonaro externou igual preocupação em carta endereçada ontem ao Presidente de Angola, João Manuel Lourenço @JooManuelLoure2 . pic.twitter.com/W5lc820Mbb
Continua após a publicidade— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 13, 2020
Desde que começou a rebelião, a ala ligada a Edir Macedo passou a atacar os angolanos rebeldes, acusando-os de estarem sendo comandados por pastores expulsos por desvios morais e de atos violentos, como agressão e expulsão de brasileiros de suas casas – versão que foi corroborada na carta de Bolsonaro. “Tendo presente o quanto Angola valoriza a liberdade religiosa e a atuação de diferentes denominações, no marco do respeito ao ordenado angola, estou seguro de que Vossa Excelência acolherá favoravelmente minhas palavras”, escreveu Bolsonaro.
A Procuradoria Geral da República de Angola investiga as denúncias, mas ainda não chegou a nenhum veredito. Também há um processo aberto para verificar o registro da Universal, que está instalada há mais de 28 anos no país.
Desde o início da disputa, a cúpula da Universal vem criticando as autoridades angolanas de não tomarem providências contra os pastores rebelados. Agora, com o apoio explícito do governo Bolsonaro, esperam ações firmes contra os dissidentes.
com informações de Veja