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PT e evangélicos articulam para Feliciano ser vice de Direitos Humanos

O PT e a bancada evangélica ensaiam um acordo para a definição dos principais cargos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputa...

O PT e a bancada evangélica ensaiam um acordo para a definição dos principais cargos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados que pode colocar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de novo no comando.
Desta vez, no entanto, ele assumiria uma das vagas de vice-presidente do colegiado, e seu adversário político Jean Wyllys (PSOL-RJ), outra.

Feliciano foi protagonista da maior crise envolvendo a comissão, quando assumiu a presidência em 2013. Por quase três meses a Câmara enfrentou protestos de representantes de movimentos negros, gays e feministas contra o pastor evangélico. O deputado protagonizou falas polêmicas contra esses grupos e sempre negou qualquer ato de discriminação.

Mesmo com a pressão, o deputado permaneceu na presidência e até comandou a aprovação da chamada cura gay, proposta que permitia a psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade, que acabou arquivada após ser alvo de duras críticas nas manifestações de junho.

O entendimento está sendo costurado por deputados do PT, PSB e PR, com integrantes da bancada evangélica. A ideia é viabilizar a eleição do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para a presidência do colegiado. Como os religiosos são maioria na comissão, o petista corre o risco de não ser eleito por falta de votos suficientes ou enfrentar manobras regimentais para adiar sua eleição.

Pelo acordo de líderes que dividiu o comando das comissões da Casa entre os partidos, caberia a um petista a de Direitos Humanos. Os deputados religiosos, no entanto, defendiam quebrar o acordo e retomar o comando da comissão, com a candidatura do deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), aliado do pastor Silas Malafaia e pastor da Assembleia de Deus.

O PSD, para evitar a quebra de acordo, tirou Cavalcante da titularidade da comissão e o passou para a suplência, o que o impedia de disputar a presidência com uma candidatura avulsa.

Nos últimos dias, Cavalcante chegou a negociar uma vaga com o PR para tentar concorrer ao comando, mas a liderança do partido barrou. São os líderes os responsáveis pela indicação dos integrantes das comissões.

Cavalcante chegou a contratar modelos para distribuir nas entrada do Congresso nesta quarta um panfleto defendendo seu direito de disputar o cargo. "Não consegui nada", afirmou.

CONTRA DERROTA

Para evitar uma derrota, os petistas procuraram os evangélicos para negociar as vices-presidências. O nome de Feliciano teria sido o de consenso na bancada. O vice é responsável por substituir o presidente no comando das sessões.

Feliciano afirmou que está à disposição e disse que sempre esteve com a bandeira branca hasteada para negociar com todos os lados. "É um exemplo importante para mostrar que no Congresso Nacional existe o diálogo. A política é feita de diálogo", disse Feliciano.

Pelas articulações, Wyllys (PSOL-RJ) ficaria com a segunda-vice-presidência e a deputada evangélica Rosângela Gomes (PRB-RJ), com a terceira vaga.

A eleição dos cargos está marcada para esta quarta, mas pode ser adiada porque as comissões da Câmara não podem funcionar enquanto estiver em andamento sessão do Congresso Nacional, que reúne deputados e senadores.

informações de otempo

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