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Repressão de protestos na Líbia e no Bahrein provoca banho de sangue

A violenta repressão aos protestos no Médio Oriente e no Norte de África ameaça transformar-se num banho de sangue. O "Dia da Ira"...

A violenta repressão aos protestos no Médio Oriente e no Norte de África ameaça transformar-se num banho de sangue. O "Dia da Ira" na Líbia deixou, esta quinta-feira, pelo menos seis mortos. No Bahrein, quatro pessoas terão morrido na "limpeza" da capital Manama.
O Governo do Bahrein declarou, hoje, o estado de emergência em todo o país para tentar travar a revolta dos xiitas (60% da população), que há quatro dias reclamam reformas democráticas da monarquia sunita. A decisão ocorreu horas depois de a polícia e do Exército expulsarem os milhares de manifestantes que tinham acampado na Praça da Pérola - rebaptizada de Praça Tahir, palco da revolta egípcia que depôs Mubarak.

A operação para "limpar a cidade de manifestantes", como afirmou um membro do Governo do Bahrein ao "The Washington Post", fez, pelo menos, quatro mortos e 231 feridos. Há 60 pessoas desaparecidas. As forças de segurança, apoiadas por blindados, entraram sem aviso na praça e dispararam gás lacrimogéneo e balas contra a multidão.

O Bahrein está a ser sacudido por uma vaga de contestação ao Governo do rei e Hamad bin Isa Al-Khalifa, no poder desde 1999. A revolta, inspirada pelos protestos no Egipto e na Tunísia, ameaça transformar-se num banho de sangue. O correspondente norte-americano da televisão ABC, Miguel Marques, foi atacado durante a repressão policial.

O Governo português aconselhou que se evitem as viagens para o Bahrein e Iémen e recomendou aos cidadãos nacionais ali residentes que evitem os locais das manifestações. No Bahrein há 70 portugueses registados. Como não existe representação diplomática portuguesa, os assuntos são acompanhados pela embaixada de Portugal em Riade, na Arábia Saudita.

Os ventos da revolta nos países muçulmanos, que começaram na vizinha Tunísia há dois meses e se propagaram ao Egipto, também chegaram à Líbia, o país mais hermético e próspero do Norte de África./ JN

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