Governo descarta licença de Lula para fazer campanha de Dilma
Segundo Padilha, o presidente não pretende se licenciar do cargo para cacifar a campanha petista Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação ...
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Segundo Padilha, o presidente não pretende se licenciar do cargo para cacifar a campanha petista Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação |
Para o coordenador político do governo, ao conseguir 46,9% dos votos válidos no último domingo, Dilma comprovou ter "luz própria". Mesmo que não se licencie, Lula deverá, segundo relato de Padilha, se dedicar "integralmente" à eleição de sua candidata, comparecendo maciçamente em eventos da campanha coordenada pelo PT.
"Certamente o presidente Lula vai se envolver integralmente na campanha do segundo turno. Nunca foi discutido no governo, nunca foi cogitada a hipótese de o presidente Lula se licenciar. Ele vai continuar governando o País, mas vai se envolver integralmente na campanha de sua candidata", afirmou Alexandre Padilha, que participou na manhã desta terça-feira (5) de reunião com o presidente Lula e governadores e parlamentares aliados.
"Nós avaliamos que a Dilma tem luz própria. A Dilma alcançou o mesmo patamar de votação que o presidente Lula teve em 2006. A Dilma demonstrou ao longo desses meses de campanha que tem luz própria, que tem capacidade de dirigir essa campanha, de aglutinar essas lideranças", completou o coordenador político do governo.
"Não há nenhuma possibilidade de o presidente Lula se licenciar. Não cabe isso. Nunca nem foi cogitado isso. Estamos tranquilos. O presidente Lula entende inclusive que esse segundo turno terminou por ser uma grande oportunidade de a gente falar o que fez pelo Brasil ao longo dos oito anos do seu governo, para dizer dos projetos para o futuro. É uma oportunidade para o Brasil conhecer melhor nossa candidata, sua capacidade, seu conhecimento da vida brasileira, seu preparo", completou o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos.
Na última segunda-feira (4), em reunião com a presidenciável petista, o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes, defendeu a licença do presidente como forma de fortalecer a coordenação da campanha de Dilma Rousseff.
"Propus que o presidente Lula, nos últimos dias, tirasse uma licença e fizesse uma agenda paralela: a candidata de um lado e Lula de outro", disse Cid, que defendeu ainda a criação de "um grupo de diplomacia" para cuidar dos "contatos com lideranças que não votaram em Dilma". De acordo com Alexandre Padilha, no entanto, nem Cid Gomes nem nenhum dos presentes na reunião desta terça formalizou a sugestão de licença do chefe do Executivo./Terra