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Lula assina decreto que acata sanções da ONU contra o Irã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira o decreto pelo qual o Brasil acatará as sanções impostas pelo Conselho de S...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira o decreto pelo qual o Brasil acatará as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU ao programa nuclear do Irã, apesar de não estar de acordo com a decisão, assegurou o chanceler Celso Amorim.

"O Brasil está adotando internamente a resolução que estabelece sanções, apesar de não concordar com as mesmas", afirmou o ministro das Relações Exteriores em declarações a jornalistas.

Segundo o chanceler, apesar de considerar as medidas contraproducentes, o Brasil as acatará por sua tradição de respeitar as decisões de organismos multilaterais.
"Não acreditamos que (a resolução) contribua para resolver o problema principal, que é o programa nuclear iraniano", acrescentou Amorim nas declarações que deu após participar de reunião entre Lula e seu Gabinete.

O Brasil, que ocupa atualmente uma das cadeiras não-permanentes do Conselho de Segurança, votou junto com a Turquia contra as novas sanções ao Irã.

A resolução sobre as sanções foi aprovada em 9 de junho por 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança, entre eles os cinco permanentes (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido). O Líbano se absteve.

Entre outras medidas, as sanções estabelecem novas restrições às operações dos bancos iranianos no exterior no caso de suspeita de vínculos com os programas nucleares ou balísticos de Teerã, além de aumentar o escrutínio das transações no exterior de todas as entidades financeiras do país.

Antes das novas sanções, Brasil e Turquia negociaram com o Governo iraniano e propuseram um acordo que permitiria ao Irã, em vez de enriquecer seu urânio, enviar 1.200 quilos do mineral para outro país, que devolveria 120 quilos de urânio enriquecido a 20% e habilitado para ser usado no reator de pesquisas médicas de Teerã.

A proposta foi rejeitada pelos demais membros do Conselho de Segurança porque o acordo não exigia do Irã a renúncia à intenção de enriquecer seu próprio urânio./EFE/Epa

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