Uma evangélica Presidente
Publicado em 28 de agosto de 2009 Pe. Crispim Guimarães* A política brasileira revela a cada dia, facetas surpreendentes. O embrulho dos ...
https://www.igoospel.com/2009/08/uma-evangelica-presidente.html
Publicado em 28 de agosto de 2009
Pe. Crispim Guimarães*
A política brasileira revela a cada dia, facetas surpreendentes. O embrulho dos partidos chega ao mau cheiro. Não bastasse a isenção, por parte do Conselho de Ética, para com os senadores José Sarney e Arthur Virgílio, fruto de um acordo entre Governo e oposição, o Presidente da República enquadrou seu partido a calar-se diante da pizza, servida quentinha ao povo brasileiro; assim o senador Aloízio Mercadante de irrevogável renúncia à liderança do Governo, no Senado, virou o maior amigo de Lula, a quem não pode negar um pedido, mesmo que a solicitação seja contra a ética. Também a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que afirma ter entrado no Gabinete da Ministra Dilma Rousseff, para tratar de assuntos relacionados a Sarney, não pode provar sua ida ao gabinete porque as imagens do monitor não foram preservadas. Os governos guardam tudo, até os bilhetes de Getúlio Vargas, 54 anos depois de sua morte, como o Planalto iria apagar tão rapidamente este fato?
Nada justifica tamanho disparate por parte do Governo e da oposição, a não a busca do poder a qualquer custo. Tenho certeza que Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, (Maquiavel) quando escreveu "O Principe", não imaginaria que um dia uma nação superaria sua astúcia, não que "o fim justifique os meios", como erroneamente se atribui esta frase a Maquiavel, mas algo tão pernicioso quanto. Em, "O Principe", o Estado pode praticar todo tipo de mal, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má, ele separa a ética da política. Para Maquiavel, um governante não deve medir esforços, nem hesitar, mesmo diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a "integridade" nacional e o "bem" do seu povo. Você já ouviu isso no Brasil quando se fala de governabilidade? Foi exatamente assim que Sarney foi isentado de tudo, em nome do bem do país!
Não é por acaso que para este Governo e muitos outros da América Latina, Fidel Castro é modelo; Lula, Chaves, Morales e Correa, etc., vivem beijando as mãos de Castro e elogiando o modelo cubano, uma ditadura comunista das mais ferrenhas do mundo, onde o poder é exercido por um único partido, que na verdade, nada mais é que capacho de seu chefe, Fidel. Você encontra alguma coincidência?
Mas, eis que surge inesperadamente uma mulher, talvez esta se assemelhe àquela do Apocalipse de São João, que frustrou os planos do Dragão, carregando na cabeça 12 estrelas. A mulher, da qual tanto se fala agora, é evangélica, simples, dizem que é Lula melhorado, e ainda não envenenado pelo poder; a mulher carrega a esperança de mudanças, as mesmas mudanças que ela acreditou e viu frustradas no governo do qual fez parte e saiu por divergências com Dilma Rousseff e como o próprio Presidente, e pelo modo com o qual se enfrentou as questões de corrupção.
Até então, parece que a senadora Marina Silva desponta como um sinal, como uma luz no final do túnel da campanha presidencial, que se anuvia próxima. Ainda é cedo para avaliações, mas o currículo da senadora é invejável, exatamente numa matéria da qual estamos tão carentes: ética. Muitos falarão que ela não terá governabilidade, porque necessitará de conchavos com os partidos, é a velha mania de usar os "meios para justificar os fins".
Contudo, não é mais possível guardar ilusões e acreditar que Marina Silva encontrará um partido ético para se filiar, não! O Partido Verde, não poderá oferecer-lhe esta oportunidade, mas a personalidade forte, auxiliada pela vivência do Evangelho, pode dar à senadora Marina um excelente suporte para conduzir o povo brasileiro aos bons costumes e valores até agora ignorados.
Marina começou suas lutas sociais com irmãs religiosas e fez parte das Comunidades Eclesiais de Base. Pode ser uma oportunidade de mudança. Esperamos que dela não se descubra coisas comprometedoras ou ainda, pode aparecer alguém melhor. Oxalá apareça! Quanto mais candidatos decentes, melhor para o Brasil.
*Coordenador de Pastoral e Assessor de Comunicação da Diocese de Dourados
O Progresso
Pe. Crispim Guimarães*
A política brasileira revela a cada dia, facetas surpreendentes. O embrulho dos partidos chega ao mau cheiro. Não bastasse a isenção, por parte do Conselho de Ética, para com os senadores José Sarney e Arthur Virgílio, fruto de um acordo entre Governo e oposição, o Presidente da República enquadrou seu partido a calar-se diante da pizza, servida quentinha ao povo brasileiro; assim o senador Aloízio Mercadante de irrevogável renúncia à liderança do Governo, no Senado, virou o maior amigo de Lula, a quem não pode negar um pedido, mesmo que a solicitação seja contra a ética. Também a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que afirma ter entrado no Gabinete da Ministra Dilma Rousseff, para tratar de assuntos relacionados a Sarney, não pode provar sua ida ao gabinete porque as imagens do monitor não foram preservadas. Os governos guardam tudo, até os bilhetes de Getúlio Vargas, 54 anos depois de sua morte, como o Planalto iria apagar tão rapidamente este fato?
Nada justifica tamanho disparate por parte do Governo e da oposição, a não a busca do poder a qualquer custo. Tenho certeza que Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, (Maquiavel) quando escreveu "O Principe", não imaginaria que um dia uma nação superaria sua astúcia, não que "o fim justifique os meios", como erroneamente se atribui esta frase a Maquiavel, mas algo tão pernicioso quanto. Em, "O Principe", o Estado pode praticar todo tipo de mal, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má, ele separa a ética da política. Para Maquiavel, um governante não deve medir esforços, nem hesitar, mesmo diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a "integridade" nacional e o "bem" do seu povo. Você já ouviu isso no Brasil quando se fala de governabilidade? Foi exatamente assim que Sarney foi isentado de tudo, em nome do bem do país!
Não é por acaso que para este Governo e muitos outros da América Latina, Fidel Castro é modelo; Lula, Chaves, Morales e Correa, etc., vivem beijando as mãos de Castro e elogiando o modelo cubano, uma ditadura comunista das mais ferrenhas do mundo, onde o poder é exercido por um único partido, que na verdade, nada mais é que capacho de seu chefe, Fidel. Você encontra alguma coincidência?
Mas, eis que surge inesperadamente uma mulher, talvez esta se assemelhe àquela do Apocalipse de São João, que frustrou os planos do Dragão, carregando na cabeça 12 estrelas. A mulher, da qual tanto se fala agora, é evangélica, simples, dizem que é Lula melhorado, e ainda não envenenado pelo poder; a mulher carrega a esperança de mudanças, as mesmas mudanças que ela acreditou e viu frustradas no governo do qual fez parte e saiu por divergências com Dilma Rousseff e como o próprio Presidente, e pelo modo com o qual se enfrentou as questões de corrupção.
Até então, parece que a senadora Marina Silva desponta como um sinal, como uma luz no final do túnel da campanha presidencial, que se anuvia próxima. Ainda é cedo para avaliações, mas o currículo da senadora é invejável, exatamente numa matéria da qual estamos tão carentes: ética. Muitos falarão que ela não terá governabilidade, porque necessitará de conchavos com os partidos, é a velha mania de usar os "meios para justificar os fins".
Contudo, não é mais possível guardar ilusões e acreditar que Marina Silva encontrará um partido ético para se filiar, não! O Partido Verde, não poderá oferecer-lhe esta oportunidade, mas a personalidade forte, auxiliada pela vivência do Evangelho, pode dar à senadora Marina um excelente suporte para conduzir o povo brasileiro aos bons costumes e valores até agora ignorados.
Marina começou suas lutas sociais com irmãs religiosas e fez parte das Comunidades Eclesiais de Base. Pode ser uma oportunidade de mudança. Esperamos que dela não se descubra coisas comprometedoras ou ainda, pode aparecer alguém melhor. Oxalá apareça! Quanto mais candidatos decentes, melhor para o Brasil.
*Coordenador de Pastoral e Assessor de Comunicação da Diocese de Dourados
O Progresso