igoospel

Paquistão, um país sem paz onde a Violência e a destruição andam juntas

Soldados nervosos e atentos são os guias. Coletes à prova de bala são obrigatórios. Este é um tour por um lugar que parece ter parado no tem...



Soldados nervosos e atentos são os guias. Coletes à prova de bala são obrigatórios. Este é um tour por um lugar que parece ter parado no tempo. O Paquistão sempre foi meio terra de ninguém. As casas têm muros altos como fortalezas, e buracos servem para atirar nos que ameaçam os moradores.

Mas o nível de violência nunca foi tão alto. As marcas de balas e de destruição são vistas por todo lado. Todos são suspeitos, e as forças de segurança do Paquistão são alvos constantes de ataques.
Uma estrada é potencialmente muito perigosa para os soldados, porque cada curva pode ser um local para emboscada. Mas a principal preocupação deles é a possibilidade de um carro-bomba. No começo, eram só homens com coletes cheio de explosivos. Agora tem caminhões.

Imagens feitas pelo próprio Talibã servem de propaganda. Um veículo é cuidadosamente carregado, e um rapaz recebe os abraços de despedida dos companheiros. Depois ele entra e mostra o botão que vai apertar e que vai causar a morte dele próprio e de outros.

Com uma câmera no alto da montanha, eles acompanham o trajeto do caminhãozinho até a chegada ao fim da linha. Se de longe a destruição é impressionante, o que seria estar próximo ao local?

No intervalo de uma das operações militares contra o Talibã, um oficial que tem em comum com os militantes apenas a longa barba explica que, na verdade, são vários grupos que se dizem Talibã, que usam os mesmos métodos, mas que não existe um comando central.

O Exército paquistanês apreendeu muitas armas, explosivos e também alto-falantes usados pelo Talibã para dar ordens à população. Para dominar essas aldeias, o Talibã e a al-Qaeda atacam os líderes locais.

Uma cena mostra a execução de um desses líderes. Cerca de 120 foram mortos assim: a tiros. Os habitantes são obrigados a testemunhar o que acontece com os que ousam desafiar as ordens dos terroristas.

Os militares paquistaneses contam o que está sendo feito para combatê-los. Na tela, aparecem rostos desses radicais, que começam a perder seus territórios. Muitos estão fugindo, usando de artimanhas como tentar se disfarçar.

O uso da burca é uma escolha natural, mas os soldados estão atentos. Cinco talibãs presos assim. Os que tentaram escapar vestindo a burca, aquela roupa que cobre todo corpo da mulher, foram pegos quando os soldados mandaram-nos desembarcar.

Já com outros foi diferente: as malas deles foram revistadas. Tinham roupas de camuflagem, mas isso não quer dizer muito. O que os traiu realmente foi quando os soldados descobriram que eles eram ótimos alunos. Nos cadernos, eles copiavam minuciosamente como usar explosivos, instruções para o uso de morteiros e táticas de guerrilha.

Um álbum de fotos mostra jovens que vivem numa cultura onde o uso de armas já é normal. Para eles, o que é diferente e atraente é a possibilidade de receber salários para lutar para o Talibã. São cerca de R$ 500. Nessa região isso é cinco vezes mais do que num trabalho normal.

A população local tem medo de falar. Diz querer um artigo raro há muito tempo no local: paz. Mas o Paquistão está mudando. Hoje é todo o país que se horroriza com o Talibã e com essa tentativa de impor visões radicais da religião islâmica.

Imagens gravadas por um celular foram cruciais para que isso acontecesse. Um talibã chicoteava uma garota adolescente por ter saído de casa sem ser acompanhada por um parente masculino. A dor e o choro dela chocaram o país, e muita gente foi para a rua protestar.

Espadas para cortar a cabeça de pessoas convivem com DVDs que fazem propaganda de terrorismo. Nessa região, séculos 19 e 21 estão juntos. Mais do que em qualquer outro lugar, no Paquistão está em jogo se o Talibã e a al-Qaeda de Bin Laden tem futuro no mundo atual.

Assista ao Video!


Relacionados

news 8457937877272271803

Postar um comentário

emo-but-icon

item