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Agenor Duque compara “Nossa Senhora” com uma Coca-Cola

Embora não seja novo, um trecho de uma pregação dele começou a circular nas redes sociais e no Youtube esta semana com uma edição que col...

Embora não seja novo, um trecho de uma pregação dele começou a circular nas redes sociais e no Youtube esta semana com uma edição que coloca a imagem de “Nossa Senhora Aparecida” sobre uma garrafa de Coca-Cola.

É que na versão original, ele utiliza uma garrafa de refrigerantes para ilustrar sua opinião sobre os santos que são cultuados por católicos e, embora não os cite nominalmente, faz menções à imagem mais conhecida de Aparecida e a São Jorge, santo tradicionalmente representado sobre um cavalo.

Dirigindo-se a telespectadores de seu programa que possuem imagens em casa, Agenor comparou-as a uma garrafa de Coca-Cola, além de parafrasear um trecho do Salmo 115: “a boca dela não fala, o ouvido dela não ouve”. Ao mesmo tempo que dizia estar falando da garrafa, citava características conhecidas das figuras católicas, como o uso da capa ou o fato de montar um cavalo.

Ele lançou um desafio para que as pessoas que costumavam prestar culto ao que chama de “deusa ou santo” rompesse com essa prática e aceitassem Jesus como “Senhor e Salvador”.

Sugeriu que os fiéis que estão doentes colocassem a imagem no chão. “Desafia o meu Deus e o câncer vai sumir, a diabetes vai sumir”, insistiu, dizendo que após a cura acontecer, eles deveriam jogar fora a imagem.

Ao usar a comparação com o refrigerante, o apóstolo da Igreja Plenitude do Poder de Deus, Agenor estava evitando a acusação de violar o artigo 208 do Código Penal Brasileiro, que proíbe escarnecer da fé alheia ou “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.

Se tivesse usado uma imagem da ‘santa’ ou do ‘santo’ e fosse formalmente acusado, poderia enfrentar detenção “de um mês a um ano, ou multa”.

Como o vídeo começou a viralizar, muitos católicos se irritaram com a comparação e protestaram, questionando os argumentos do líder religioso evangélico.

O site Catholicus, que comentou a pregação controversa, diz que pastores que criticam os santos estão “insultando a constituição brasileira, o Estado Laico e em uma clara cruzada com os católicos” e que “a forma com que esses líderes religiosos induzem seus seguidores a desacreditar nas demais religiões, é impossível ficar inerte diante dessa “guerra” declarada, ao ponto de fazer uma comparação bizarra que presta um grande desserviço na busca pela união e fraternidade religiosa”.

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