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Mineiros presos no Chile ajudarão em seu próprio resgate

MINA SAN JOSÉ, Chile — Os 33 mineiros chilenos presos há quase um mês e meio trabalharão, a partir deste sábado, em seu próprio resgate, ret...

MINA SAN JOSÉ, Chile — Os 33 mineiros chilenos presos há quase um mês e meio trabalharão, a partir deste sábado, em seu próprio resgate, retirando escombros dentro da jazida, disse esta sexta-feira o psicólogo da equipe de salvamento, Claudio Ibáñez.

O psicólogo assegurou que os mineiros "estão muito bem de ânimo, mental e psicologicamente".

"Continuam dando exemplo. Não só se sentem objeto de resgate, mas se sentem atores e parte da equipe de resgate", afirmou.

Nesta sexta-feira, uma perfuradora usada no chamado plano B chegou a 630 metros de profundidade, onde estão os trabalhadores, dando início à segunda fase de perfuração para alargar o duto pelo qual os mineiros devem ser retirados.

Os 33 mineiros deverão colaborar, recolhendo os escombros que caírem no refúgio.

"Terão que remover material. Falou-se ontem (quinta-feira) com eles sobre isto e estão totalmente dispostos. Do ponto de vista psicológico, o melhor que pode acontecer é que eles tenham atividade, e especialmente que realizem atividades vinculadas a seu próprio resgate", disse Ibáñez.
Após a chegada da perfuradora, os mineiros se retiraram do local para descansar um pouco.

Os mineiros "foram descansar porque passaram toda a noite esperando a perfuração. Vão dormir um pouco porque em seguida têm que trabalhar", disse.

A equipe de psicólogos demonstra surpresa com a organização, a iniciativa e o desempenho dos mineiros, que se organizaram em três turnos de trabalho.

Eles inclusive se reúnem para uma sessão diária de recolhimento espiritual com 40 minutos de duração.

"A psicologia tradicional tende a patologizar as pessoas, a vê-las como incapazes, sem potencial frente às adversidades. Esta situação com os mineiros é a de um livro: demonstra que as pessoas, quando enfrentam situações difíceis, são capazes de seguir adiante e não serem esmagadas pelas tragédias ou pelas adversidades", explicou Ibáñez.

Um dos operários da máquina de sondagem que chegou ao refúgio, esta sexta-feira, disse que os mineiros "estão muito ansiosos por ajudar".

"Eles querem ser partícipes de seu resgate. Dormem mais tranquilos ouvindo o martelo do que quando não o ouvem; e isto que é um ruído bastante forte nos últimos minutos", contou Igor Proestakis.

As equipes de socorro já forneceram para os mineiros tampões para os ouvidos, comentou./AFP

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