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Grupo de evangélicos é atacado ao preparar festa de Natal na China

Um grupo de cristãos protestantes foi atacado por mais de 50 membros das forças de segurança na China quando preparavam os festejos de Natal...

Um grupo de cristãos protestantes foi atacado por mais de 50 membros das forças de segurança na China quando preparavam os festejos de Natal na província de Zhejiang, informou nesta sexta-feira a ONG de direitos religiosos China Aid Association.

De acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira por esse grupo, o ataque ocorreu em 13 de dezembro, na cidade de Ruian, quando soldados não identificados espancaram os fiéis e destruíram os materiais que estavam em sua igreja.

Membros do grupo atacado afirmaram à China Aid que entre os agressores estava o líder do Escritório de Assuntos Religiosos local que, segundo eles, liderou o ataque, filmado e divulgado depois no YouTube ('http://www.youtube.com/watch?v=3gVisCIXPBM').

Nas imagens, os religiosos preparavam um palco para comemorar o Natal quando o grupo de agressores desligou o gerador de energia e espancou alguns de seus membros.

Ruian é conhecida como 'a cidade do Natal' na China por ser um dos centros de produção mundial dos enfeites e presentes da festividade cristã.
As vítimas, cujo número não foi divulgado, foram postas sob custódia e interrogadas antes de sua libertação.

'Pequim continua mostrando que sua profunda insegurança não beneficia a emergência de seu poder', afirmou em comunicado o ativista chinês Bob Fu, exilado nos Estados Unidos, de onde dirige a China Aid.

A ONG pediu às autoridades de Zhejiang que demonstrem seu compromisso em proteger a liberdade religiosa com uma indenização ao grupo pelos objetos destruídos e que exijam responsabilidade penal por seus atos violentos contra os fiéis. A entidade acrescentou que os membros da igreja de Ruian convocaram um protesto público para este fim de semana, apesar do risco de serem alvo de novos ataques.

Antes dessa agressão, o grupo de Ruian nunca havia tido problemas com as autoridades na organização de suas atividades religiosas, apesar de sua igreja não ser registrada na organização oficial administrada pelo governo, sendo, portanto, considerada ilegal.

No último ano, os grupos protestantes foram alvo de abusos similares na China, depois que uma igreja de Pequim decidiu fazer seus cultos na rua ao ter sido expulsa do edifício onde habitualmente se reunia.

A China Aid informou também que 11 religiosos foram detidos e um deles espancado, 'sob suspeita de ser integrante de uma seita' em outubro, pela primeira vez na região autônoma do Tibete, e libertados um mês depois.

A ONG pediu em seu comunicado ajuda aos diplomatas dos EUA, União Europeia, Canadá, Noruega, Austrália e Nova Zelândia para que peçam explicações aos funcionários do Ministério das Relações Exteriores chinês em suas reuniões.

As autoridades chinesas disseram que respeitam a liberdade religiosa de seus cidadãos, protegida pela Constituição, mas só consideram legais as reuniões e celebrações religiosas sob a administração dos grupos budistas, taoistas, muçulmanos e cristãos controlados pelo governo. EFE

informações de Veja

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