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Sexualidade é dom de Deus, afirma teóloga

Publicado em 07 de novembro 2009 Qualquer experiência que se distancie da norma do casamento heterossexual “é tratada como desviada, anorma...

Publicado em 07 de novembro 2009
Qualquer experiência que se distancie da norma do casamento heterossexual “é tratada como desviada, anormal ou doentia”, disse a pastora Adelaide Jiménez, diretora do Programa de Teologia da Universidade Reformada da Colômbia.
Na perspectiva cristã, o imaginário social em torno da sexualidade parte da negação e do encobrimento do corpo de do prazer, acrescentou a teóloga, ao apresentar palestra no Encontro Nacional de Mulheres do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), reunido em Barranquilla. O evento foi patrocinado pelo Fundo de População das Nações Unidas.
O tema do encontro versou sobre "Nosso corpo presente de Deus: Um desafio para as mulheres a partir dos direitos sexuais e reprodutivos”, organizado pela coordenadora regional da Pastoral da Mulher e de Justiça de Gênero, Terezinha Bustamante Ospina.
Adelaide Jiménez lembrou que a Bíblia tem sido usada como fonte para fundamentar concepções em torno da sexualidade que se inscrevem no âmbito do proibido e do perigoso, que precisam de regras para serem controladas. Elementos e fatores que dão sentido à existência de homens e mulheres são características culturais e históricas “e, portanto, possíveis de transformar”, disse.
A teóloga apresentou panorama do pensamento dos Pais da Igreja sobre o tema, de onde saiu o pensamento tão difundido na sociedade ocidental de que “a matéria é má e o corpo é matéria”.
Com essa concepção os Pais da Igreja fortaleceram o sistema patriarcal e criaram uma teologia patriarcal que justifica a discriminação e a subordinação das mulheres na história, disse Adelaide. Ela defendeu uma nova perspectiva bíblica do corpo que contemple a idéia de um corpo santo, que representa a imagem de Deus.
O estudo desse tema desafia as igrejas a reconhecerem que os textos bíblicos, como outros tantos textos antigos, são patriarcais, a romperem os paradigmas tradicionais que levem a novas concepções da mulher, seu corpo, sua sexualidade.
Uma abordagem ética e libertadora da sexualidade busca na Bíblia a inspiração que questiona concepções que relacionam as experiências sexuais com o pecado e a culpa. Essa reconstrução das vivências da sexualidade resgata os corpos, de modo especial o das mulheres.
A partir de uma abordagem libertadora, a sexualidade é um dom de Deus, bênção divina, que tem no corpo sua morada divina e que se experimenta como sopro do Espírito, frisou a teóloga reformada. Alguns textos bíblicos podem servir de iluminação na recriação de perspectivas que abordam a sexualidade de forma integral, agregou.


Fonte: ALC

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