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Confusão na inauguração do templo da IURD deixa dois mortos e pessoas feridas

As duas mortes durante a inauguração no domingo de um novo templo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Maputo são o último episód...

As duas mortes durante a inauguração no domingo de um novo templo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em
Maputo são o último episódio de uma história de sucesso e de polémica da igreja em Moçambique.

No domingo, mais de 10 mil pessoas concentraram-se numa das avenidas principais da capital moçambicana para assistir à inauguração do templo, presidida pelo líder da IURD, o brasileiro Edir Macedo.

No local, com capacidade para apenas três mil crentes, duas pessoas perderam a vida esmagadas pela multidão e três ficaram feridas, confirmou hoje a Polícia da República de Moçambique (PRM).

Em Moçambique desde 1992, logo após o fim da guerra civil de 16 anos entre o governo da FRELIMO e os rebeldes da RENAMO, a IURD tem tido um grande crescimento no número dos seus fiéis e templos, muito à custa de um declínio da Igreja Católica.

Num único dia, 09 de Agosto de 2010, a IURD reivindicou ter baptizado 10 mil pessoas em Moçambique, metade das quais em Maputo.

Mas sectores críticos atribuem também esse crescimento a uma ligação ao poder da igreja fundada no Brasil.

Dão como exemplo as eleições de 2004, quando o Presidente cessante, Joaquim Chissano, fez uma intervenção no principal templo da IURD em Maputo, lotado e decorado com cartazes que exortavam "Vota Frelimo! Juntos construiremos a Economia do País!".

No mesmo ano, o Conselho Municipal de Maputo suspendeu quase 'in extremis' a construção de uma grande "catedral" da IURD, numa das zonas mais nobres da cidade, a poucos metros do histórico Hotel Polana e do Palácio Presidencial.
A Igreja tem igualmente um enorme poder na comunicação social do país, com programas diários de televisão na sua estação Recorde Moçambique (para além do espaço que compra nas rivais STV e TIM), e inúmeros programas de rádio locais na capital e na Beira.

Um semanário impresso e um portal - que hoje não tinha qualquer relato sobre a inauguração e a tragédia de domingo - fazem ainda parte da forte estrutura de comunicação da IURD em Moçambique./Angolapress/igoospel

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