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Comissão de Ética da Presidência censura Erenice Guerra

Brasília, 17 set (EFE).- A Comissão de Ética da Presidência aprovou nesta sexta-feira por unanimidade uma moção de censura contra a ex-minis...

Brasília, 17 set (EFE).- A Comissão de Ética da Presidência aprovou nesta sexta-feira por unanimidade uma moção de censura contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, um dia após a renúncia ao cargo em meio ao escândalo que cutucou a presidenciável petista, Dilma Rousseff.

Depois de se reunir de forma extraordinária para analisar as denúncias contra Erenice, a Comissão informou que a censura foi emitida porque a ex-ministra se negou a apresentar os documentos sobre patrimônio, participação em empresas e a lista de parentes com cargos públicos.

O organismo informou que também abriu uma investigação contra a ex-funcionária pelas acusações de tráfico de influência, embora ela tenha renunciado ao cargo, e esclareceu que a censura anunciada hoje só se refere a uma avaliação inicial de sua situação e sem incluir ainda as denúncias contra si.

A lista de bens e de parentes com cargos públicos deve ser apresentada obrigatoriamente por todas as autoridades do alto escalão perante a Comissão de Ética - órgão consultivo criado pelo Governo para analisar denúncias contra funcionários e cujas decisões não têm implicações jurídicas.
Em declarações à imprensa, o conselheiro Fábio Coutinho, relator da investigação contra Erenice, afirmou que a ex-ministra não entregou essas informações no prazo de dez dias que tinha após assumir o cargo nem depois das duas notificações que lhe foram enviadas.

Ele acrescentou que a ex-ministra tem um prazo de 30 dias para justificar por que não entregou as informações e para apresentar defesa das novas acusações.

Erenice Guerra, quem durante anos foi a principal assessora de Dilma Rousseff tanto no Ministério de Minas e Energia como na Casa Civil, renunciou após uma série de denúncias sobre tráfico de influência que envolvem vários de seus familiares.

Ela atuava como ministra da Casa Civil desde março passado, quando substituiu Dilma, quem renunciou ao cargo para aceitar a candidatura à Presidência pelo PT.

Segundo as denúncias, que também são investigadas pela Polícia Federal, alguns parentes de Erenice, entre eles um de seus filhos, tentaram atuar como intermediários na concessão de créditos oficiais e na licitação de contratos com o Estado.

Em sua carta de renúncia dirigida a Lula, Erenice se disse vítima de uma "implacável campanha" de "difamações" no calor da disputa eleitoral.

"O único alvo" das denúncias, segundo ela, é "criar de forma artificial um clima de escândalo" que afete o Governo e a campanha de Dilma, acusa Erenice./EFE

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