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Paraguai domina Eslováquia, vence e se aproxima da vaga nas oitavas

Segundo colocado nas Eliminatórias sul-americanas, superado apenas pelo Brasil, o Paraguai está muito próximo de avançar para as oitavas-de-...

Segundo colocado nas Eliminatórias sul-americanas, superado apenas pelo Brasil, o Paraguai está muito próximo de avançar para as oitavas-de-final da Copa do Mundo. Com amplo domínio na etapa inicial e sem levar grandes sustos, o Paraguai derrotou a Eslováquia por 2 a 0 neste domingo, no estádio Free State, em Bloemfontein, e assumiu a liderança provisória no Grupo F, com quatro pontos.

A definição dos classificados da chave ocorre na próxima quinta-feira. O Paraguai enfrenta a Nova Zelândia em Polokwane. A Eslováquia, com apenas um ponto, encara a Itália em Joanesburgo. Os dois jogos começam às 11h (de Brasília).

Com três atacantes, Paraguai domina etapa inicial

Depois do bom resultado na estreia (1 a 1 com a Itália), o Paraguai foi a campo com uma formação mais ofensiva. O treinador Gerardo Martino decidiu escalar Roque Santa Cruz no lugar de Torres, formando um trio de atacantes (junto com Barrios e Valdez).

E foi exatamente Santa Cruz quem teve a primeira grande chance da partida. Com três minutos de jogo, o experiente atacante de 28 anos recebeu na entrada da área e mandou para o gol. A bola desviou em Skrtel e exigiu que o goleiro Mucha voasse para espalmá-la no canto esquerdo.

O treinador Vladimir Weiss, após o decepcionante empate com a Nova Zelândia (1 a 1), também mexeu na Eslováquia, realizando três alterações: as entradas de Pekarik, Kozak e Salata nos lugares de Cech, Zabavnik e Jendrisek, respectivamente. Mas as mudanças não geraram um melhora no desempenho do time, que apresentou enormes dificuldades de passar do meio-campo, com um alto índice de passes errados (38% na metade inicial do primeiro tempo). E sem conseguir dar um chute a gol sequer nos primeiros 35 minutos.

E em um erro na saída de bola, o selecionado europeu quase sofreu o primeiro gol aos 18 minutos. Riveros recebeu na meia-lua e chutou forte. Mucha defendeu no centro da meta, com dificuldade. O arqueiro voltou a levar um susto aos 22, quando Barrios deu belo passe de calcanhar para Valdez, recebeu de volta e mandou a bola rente ao travessão.

E o gol que estava maduro saiu aos 28. Após cobrança de lateral pelo Paraguai, Skrtel rebateu mal. A bola sobrou para Lucas Barrios, que deu lindo passe para Vera. A bola passou por entre as pernas de Salata e chegou ao meio-campista, que, apesar de marcado por dois adversários, foi rápido ao concluir de pé direito, com categoria, longe do alcance de Mucha.

O gol serviu para acordar os eslovacos. Se continuaram errando muitos passes, a equipe europeia pelo menos passar a demonstrar mais disposição. E conseguiu o primeiro arremate ao gol aos 37, quando, após cobrança de escanteio, Salata subiu mais que os marcadores, mas cabeceou por cima. Mas no minuto seguinte, por muito pouco a Eslováquia não sofreu o segundo. E em uma nova falha na saída de bola. Kozak perdeu a redonda perto da entrada da área para Valdez. O atacante foi desarmado, mas a bola sobrou para Santa Cruz, que invadiu a área e arrematou. Mucha salvou com o pé direito. A vantagem de um gol na etapa inicial foi até pequena para o time guarani pelo domínio em campo (oito conclusões a gol contra apenas uma do adversário).

Sem forçar, Paraguai amplia no segundo tempo

Apesar da atuação decepcionante do time, Vladimir Weiss decidiu não mexer na formação para a segunda etapa. A equipe voltou a campo mais ligada, mas a maior deficiência continuou: a saída do campo de defesa. Consciente da dificuldade do rival, os paraguaios marcavam a saída de bola, complicando ainda mais a vida dos oponentes.

Com a vantagem, o Paraguai veio para segundo tempo sem o mesmo ímpeto da etapa inicial, aguardando uma chance de partir no contra-ataque. A Eslováquia passou a ter mais posse de bola e passou a apelar para jogadas áreas, lance que originou o gol da equipe diante da Nova Zelândia.

Mas a dificuldade técnica da equipe ficou evidente. Hamsik, artilheiro do Napoli na temporada e principal responsável pela armação de jogadas da Eslováquia, teve atuação apagada. E foi o Paraguai que esteve mais perto de balançar a rede. Santa Cruz escapou pela esquerda aos 27 e cruzou. Na marca do pênalti, Vera cabeceou e mandou a bola rente à trave direita. O lance ocorreu no momento em que o treinador paraguaio já havia deixado claro que queria manter o resultado, após tirar um atacante (Valdez) e escalar um volante (Torres).

Na Eslováquia, o treinador finalmente decidiu reforçar o sistema ofensivo aos 38 minutos, colocando o atacante Sotch no lugar do zagueiro Salata. Mas a mudança não melhorou em nada o desempenho do time, um dos piores do Mundial até aqui.

E o sonho eslovaco de chegar às oitavas de final na primeira Copa que disputa como país independente se tornou ainda mais difícil aos 41 minutos. Os paraguaios Da Silva e Cardozo atrapalharam um ao outro na área adversária, mas a bola chegou até Riveros, que chutou bem, sem defesa para Mucha, marcando o segundo gol guarani.

A Eslováquia ainda teve uma oportunidade de diminuir nos acréscimos, quando Vittek chutou forte, e o goleiro Villar espalmou. Mas o gol não seria justo para uma equipe que apresentou muito pouco para um representante do forte futebol europeu. E que agora terá que bater a atual campeã Itália se quiser seguir no Mundial. Já o Paraguai provou que é uma força ascendente no futebol sul-americano, ficando em excelente condição até para ser o primeiro da chave e evitar um indesejado duelo nas oitavas contra a Holanda, provável primeira colocada da chave E./ Globo esporte

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