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Imagens de Maomé censuradas na série televisiva "South Park"

 Publicado em 23 de abril 2010 A cadeia de televisão Comedy Central censurou quarta-feira todas as referências ao profeta Maomé num episódi...

 Publicado em 23 de abril 2010
A cadeia de televisão Comedy Central censurou quarta-feira todas as referências ao profeta Maomé num episódio da sua série de animação "South Park", reputada pela sua impertinência, depois dos seus autores terem recebido ameaças.

Um porta-voz da Comedy Central (grupo Viacom, igualmente proprietário do estúdio Paramount), confirmou quinta-feira que a cadeia de televisão substituiu com um "bip" todas as menções na série ao nome Maomé.

"Posso confirmar que a Comedy Central acrescentou bips de áudio após ter recebido o último episódio", declarou o porta-voz.

Para além disso, as imagens do profeta foram cobertas de preto.

A cadeia não confirmou oficialmente que as mudanças estejam relacionadas com as declarações feitas no início da semana pelo grupo Revolução Muçulmana, com sede em Nova Iorque.

O grupo extremista declarou que os criadores de "South Park", Matt Stone e Trey Parker, se arriscavam a acabar como o cineasta Theo van Gogh, assassinado por extremistas muçulmanos em Amesterdão em 2004.

"Devemos avisar Matt e Trey que o que fazem é idiota e que vão provavelmente acabar como Theo van Gogh se difundirem este programa", declarou o grupo.

A "Revolução Muçulmana quer apenas que as pessoas ofendidas possam manifestar a sua oposição, enviando correios (electrónicos) aos criadores do programa", assegurou um porta-voz do grupo, em declarações à CNN.

A reacção da Revolução Muçulmana surgiu após a divulgação de um episódio, a 14 de Abril, no qual Maomé aparecia mascarado com um fato de urso.

O programa censurado quarta-feira era a segunda metade do episódio.

A série "South Park", que segue as aventuras de quatro alunos numa cidade imaginária do Colorado, utilizou frequentemente a imagem de personagens religiosos desde que se estreou no ecrã há 13 anos.

A publicação, em Setembro de 2005, no maior diário dinamarquês, de doze caricaturas de Maomé, provocou uma tempestade de protestos contra a Dinamarca no Mundo muçulmano.

O seu autor foi ameaçado de morte várias vezes. Fonte:Sapo

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