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Igreja Universal quer esclarecer

 Publicado em 21 de março 2010 A Igreja Universal do Reino de Deus colocou-se à disposição das autoridades para esclarecer o caso do supost...

 Publicado em 21 de março 2010
A Igreja Universal do Reino de Deus colocou-se à disposição das autoridades para esclarecer o caso do suposto rapto de uma criança angolana de dez anos, que foi depois abandonada no aeroporto de Windhoek, capital da Namíbia.
Ao que tudo indica, a criança foi levada no final da semana passada por uma pessoa tida como tia, da Escolinha da Catedral da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Alvalade, tendo aparecido depois, sozinha, no aeroporto de Windhoek.
Em declarações feitas na sexta-feira à Rádio Nacional de Angola (RNA), o bispo João Bartolomeu, daquela congregação, explicou que apenas foi informado do desaparecimento de Neide João Manuel, na segunda-feira.
“A igreja conversou com o pai, que nos disse que ele, a esposa e a Neide João Manuel estiveram no culto de domingo na Catedral do Alvalade, na Comandante Gika, às dez horas da manhã”, sublinhou o bispo. Quando chegaram à porta da igreja, os pais orientaram a filha para que fosse para o lado onde ficam as crianças, designado por “escolinha infantil”. Depois do culto, relatou o bispo, os pais, quando procuravam pela filha, notaram que ela não se encontrava no local. “Nós perguntámos ao senhor se, na altura, ele tinha feito alguma reclamação do desaparecimento da criança à igreja, uma vez que ela tinha sido, supostamente, dirigida para a escolinha bíblica dominical”.
O pai da criança, de acordo com o bispo, respondeu que não tinha informado do desaparecimento da filha no domingo, mas sim no dia seguinte, segunda-feira, quando procurou alguém ligado à Juventude da Igreja, a quem perguntou se não tinham visto uma criança na igreja.
O jovem indagado perguntou aos guardas das instalações e estes disseram que não tinham qualquer informação sobre a criança em causa. E, através dos órgãos de informação, souberam que a criança estava em Windhoek.
“A igreja está para cooperar naquilo que for necessário, porque nós conversámos com o pai e colocámo-nos à disposição, uma vez que o caso já esta sob o controlo das instâncias policiais”, acentuou o bispo.

Investigação em curso

As primeiras investigações da Polícia namibiana apuraram que a mulher que levou a criança tem o mesmo nome de uma tia.
O porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros, Simão Milagres, afirmou, na sexta-feira, à Rádio Nacional de Angola, que as investigações indicam que a criança não tem qualquer passaporte emitido em seu nome, o que levanta a hipótese de ter viajado com documentos falsos.
“Efectuámos algumas diligências e apurámos que a senhora e a criança provavelmente terão saído com outra identidade, porque nem o Serviço de Migração de Angola, nem o da Namíbia têm, no seu manifesto, esses nomes”, disse.
Para aumentar as suspeitas de que as duas viajaram com outra identidade está o facto de nem sequer as companhias aéreas de Angola e da Namíbia terem os nomes delas entre as listas de passageiros.
Sobre a possibilidade da criança ter viajado com salvo-conduto, o porta-voz Simão Milagres esclareceu que não é possível, porque “é um documento que as missões diplomáticas de Angola emitem para angolanos entrarem no seu próprio país”.
Fonte: Jornal da angola

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